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Por que a vitória de Trump NÃO me surpreendeu?


A maioria das pessoas com quem eu conversava sobre a eleição norte-americana ficou surpresa quando ouviu o resultado final de que o republicano Donald Trump havia ganho as eleições no país mais rico, influente e poderoso do planeta, os Estados Unidos da América, afinal todas as pesquisas divulgadas pelos meios de comunicação de massa davam como certa a vitória de Hillary Clinton, candidata do partido Democrata.

Neste artigo gostaria de apresentar algumas razões pelas quais eu acreditava em uma vitória de Donald Trump, muito antes do resultado final ser declarado, e discorrer um pouco sobre as razões pelas quais eu acredito que esta eleição nos EUA seja um indicativo de que os cidadãos de todo o planeta estão a exigir nas urnas mudanças genuínas no plano político e econômico mundial.

Aqueles que convivem comigo podem atestar a veracidade desta afirmação de que muito antes do resultado oficial sair eu já achava que Trump iria ganhar, haja vista que as eleições americanas haviam se tornado um bom tema para início de uma conversação acalorada sobre eventos importantes e que impactam, ou que poderiam vir a impactar nossas vidas, e por isso tornara-se um dos meus temas preferidos.

Primeiramente devo dizer que chamou muito a minha atenção a maneira como a mainstream media, ou meios de comunicação de massa, nitidamente posicionavam-se favoráveis a Hillary Clinton, candidata dos Democratas, e em uníssono posicionavam-se contrários a Donald Trump, apresentando-o como alguém tosco, rude, com um discurso xenófobo, como um mulherengo vulgar, etc.

Isso me chamou a atenção e relembrou-me vivamente como a nossa mídia (Globo, Estadão, Folha de SP, O Globo, etc.) sempre fizera coberturas jornalísticas amplamente favoráveis a candidatos do PSDB (FHC, Serra, Alckmin, Aécio) e hostilmente contrárias a candidatos do PT (Lula e Dilma) durante os processos eleitorais para Presidente, e mesmo antes das eleições, durante toda a duração dos mandatos dos governos de Lula e Dilma, enquanto silenciavam-se em relação a escândalos dos governos tucanos (Trensalão do governo estadual de SP, ou Mensalão Tucano, etc.), sobre os quais somente ficávamos sabendo pelas mídias alternativas (Blogs independentes e revistas especializadas).

Esta tendência amplamente pró-Hillary conduziu-me a aprofundar a análise sobre o então candidato Donald Trump, na medida em que, se toda a mídia de massa estava contra ele, isso deveria significar que suas posições políticas seriam contrárias aos interesses dos controladores das mídias, e suas agendas secretas, uma vez que devemos considerar que praticamente não existe mais jornalismo objetivo e independente nas grandes redes de televisão, jornal ou rádio.

Estes meios de comunicação de massa se tornaram meios de divulgação controlada da narrativa dos fatos de acordo com os interesses ocultos dos controladores dessas corporações.

Esta percepção veio a se mostrar correta, e agora vou começar a lhes apresentar alguns pontos da campanha de Trump que vão frontalmente contra os interesses daqueles que verdadeiramente "puxam os cordames" dos bonecos que são colocados à nossa frente para tentar nos convencer sobre a veracidade das versões distorcidas dos fatos apresentadas em nossas TV's ou jornais.


A campanha de Donald Trump tinha como mote "Make America Great Again", o que se traduz de maneira simplificada por "Tornem a América Grande Novamente". A palavra Great também comporta outros significados além de "Grande", tais como: excelente, o maior, ótimo, e assim por diante, sendo não apenas um adjetivo que denota tamanho, dimensão, mas que demonstra uma qualidade superior, de destaque.

Desde já podemos questionar por que deveriam os americanos tornar a América Grande/ Ótima novamente?

Será que, pela percepção dos próprios americanos, a partir de algum momento da história eles deixaram de ser grandes/ ótimos?

Será que a crise financeira de 2008 despertou nos cidadãos uma consciência de que a classe média norte-americana se encontrava em risco de extinção?

Será que finalmente o movimento Occupy Wall Street - o qual exortava que o povo ocupasse Wall Street como forma de protesto - estaria se tornando cada vez mais difundido, e cujos fundamentos estavam calando cada vez mais fundo nos corações da maioria da população norte-americana, aquela porção que perdera suas casas, seus empregos, e que agora viviam dependendo dos food stamps, equivalente a nossos programas de alimentação popular?



Pesquisas demonstram que, sem nenhuma dúvida, a classe média americana está encolhendo drasticamente, tendo passado de mais da metade da população em 2008 (53% da população) para menos de 44%, de acordo com dados atualizados até 2014, enquanto a população com renda mais baixa passou de 25% para 40%, ou seja, o número de pessoas da classe média se tornou praticamente o mesmo das de classe baixa atualmente, enquanto que em 2008 a classe média representava mais que o dobro do tamanho da população de baixa renda. Observa-se também uma diminuição das pessoas na classe alta de 21% para 15%.

(Fonte: http://time.com/2287/americans-are-painfully-aware-of-how-broke-they-are/)


Dessa forma, como podemos claramente observar, existe uma base de apoio grande por parte daqueles eleitores que subitamente se tornaram excluídos do grande "sonho americano", em prol de banqueiros de Wall Street que ganharam bilhões de dólares de ajuda do Federal Reserve (FED) porque, supostamente, eram "muito grandes para quebrar".

A classe média está nitidamente encolhendo, e os empregos de qualidade estão abandonando o país, o que nos leva a outro tema importante da campanha de Donald Trump: Trazer os Empregos de Volta!

É fato que nos Estados Unidos de hoje praticamente tudo o que se adquire, com cada vez menos exceções, é made in China, ou made in Taiwan, ou ainda Made in Mexico, ou seja, as indústrias estão cada vez mais abandonando o país, em busca de lugares onde a regulamentação do trabalho é mais fraca, o custo do trabalhador é mais baixo, e onde os sindicatos dos trabalhadores é mais fraco ou inexistente.

Esse movimento das grandes indústrias independe da origem do capital, o qual muitas vezes é proveniente dos próprios EUA, de modo que Donald Trump começou a defender em sua campanha que empresas norte-americanas deveriam manter os empregos, e suas fábricas, em solo norte-americano, caso contrário como Presidente ele seria favorável a implantar um imposto de importação de 30% para impedir, ou desestimular, esse movimento migratório. Imediatamente algumas empresas, tais como a montadora de automóveis FORD, começou a repensar seus planos de fechar fábricas no país, e mandá-las para México ou outras partes do planeta. Ponto positivo para Trump.

Como vocês acham que essa notícia caiu nos ouvidos de americanos que perderam seus empregos? Ou daqueles que perderam suas casas por falta de condições de pagamento?

Em recente artigo do jornal The New York Times, intitulado "Onde estavam os votos de Trump? Onde os empregos não estavam", o próprio título já explica o que aconteceu.

Podemos até dizer que fica fácil, para o mais famoso jornal do mundo, analisar o óbvio, e fazer um artigo como este DEPOIS da vitória de Trump. Gostaria mesmo é ver o famoso periódico chegar a esta conclusão ANTES do suposto assombro geral da população mundial, diante da vitória nas eleições do candidato republicano.

Todavia, como já mencionado, a mídia de massa é controlada por corporações, e o NY Times não é exceção, e elas sabem muito bem que uma forma de induzir o público a votar em Hillary, tornando o seu voto útil, seria fazê-los crer que a vitória dela já seria certa, e para isso a estratégia a ser adotada seria divulgar que ela estava na frente nas pesquisas, por meio da realização de pesquisas claramente manipuladas e com amostras pequenas, e com seleção de entrevistados direcionada às regiões onde os democratas sabidamente tinham vantagem.

Na verdade a origem da "surpresa" que o mundo todo sentiu derivou exatamente como uma consequência da divulgação, com uma eficiência sensacional, do resultado destas pesquisas manipuladas por todo o globo e em cada jornal matutino, sem que fosse feito o devido questionamento das fontes ou da metodologia adotada por elas.

Na verdade alguns sinais difusos de que estas pesquisas estavam sendo manipuladas foram dados, porém captados somente por aqueles observadores mais atentos à mídia alternativa do que à mídia mainstream.

Durante as eleições norte-americanas diversas pesquisas foram realizadas, e uma delas foi feita por um grupo de estudantes universitários com uma amostra de 50.000 pessoas, sendo precisamente 1.000 pessoas escolhidas para cada um dos 50 estados norte-americanos, o que se constitui uma expressiva amostra estatística.

O resultado foi surpreendente: mais de 60% declararam que votariam em Trump. Acompanhei o resultado dessa pesquisa antes das eleições, e comparei-as com aquelas contendo uma pequena amostra de 250 pessoas, todas elas de uma mesma região, cujo resultado indicava a vitória de Hillary (por uma estreita margem de vantagem).

Outro sinal que as pesquisas estavam erradas foi a entrevista concedida ao canal FOX NEWS pelo Professor Helmuth Norpoth, da Universidade Stony Brook, que eu assisti em outubro de 2016, na qual ele apresenta o resultado de seu modelo matemático que indicava que havia mais de 90% de chance de vitória de Trump, apesar da pressão colocada pelo entrevistador da FOX NEWS que mencionou "como você se sente sendo o ÚNICO pesquisador a prever a vitória de Trump ?".

Aposto que agora o culto Professor Norpoth esteja se sentindo muito bem, obrigado...

Devemos destacar que o modelo matemático do Professor Norpoth utiliza-se dos resultados dos candidatos nas primárias dos partidos Republicano e Democrata, e que ele possui 100% de acerto desde que foi criado, tendo acertado o resultado das cinco últimas eleições presidenciais, e com a vitória de Donald Trump ele manteve o seu histórico perfeito, chegando a 6 previsões corretas.

Veja o vídeo:


Partimos agora para outro ponto defendido pelo candidato republicano, o qual pode ter ganho alguns votos adicionais junto aos seus eleitores, a despeito da enorme gritaria na mídia chamando-o de XENÓFOBO!

Em diversas ocasiões o candidato Donald Trump se referia a "construir o muro" na fronteira com o México, para evitar as imigrações ilegais.

Aqui devo dizer que em nenhum momento, em todos os comícios e entrevistas que assisti, e não foram poucos, ouvi ele dizer que iria propor uma nova legislação, pelo contrário, o que ouvi ele dizer era que ele iria dar condições para que a legislação vigente contra imigração ilegal fosse aplicada em sua totalidade.

Devemos entender que os Estados Unidos é o país mais rico do mundo, e como tal possui atrativos enormes para aqueles que possuem baixa qualidade de vida em seus países de origem, e por isso seguem para ele como forma de alcançar um pedaço do "sonho americano", em busca de uma vida melhor para si e para seus filhos e netos.

Por outro lado temos que respeitar que este movimento imigratório deve seguir as leis do país que recebe a leva de imigrantes.

Para os brasileiros de mais alta renda, acostumados a fazerem suas viagens a Nova York, Miami e Orlando, entendo que não haverá nenhum problema com a nova gestão do governo americano, uma vez que um homem de negócios como Trump de modo nenhum iria desprezar os milhões de dólares gastos pelos turistas brasileiros nos EUA.

No entanto para aqueles latino-americanos que adentram no país ilegalmente, os quais, uma vez dentro dele, se utilizam dos serviços públicos como saúde, educação e segurança, e também podem tomar postos de trabalho de cidadãos que pagam seus impostos, estas pessoas deverão sentir mais pesadamente os efeitos das medidas de contenção da imigração ilegal.

Novamente adotando a perspectiva do cidadão americano, pressionado pela falta de emprego e pela diminuição de sua renda, a postura propalada por Trump de combater a imigração ilegal faz sentido, talvez menos pelo lado da xenofobia ou racismo inerentes na população, e mais em função de esta medida claramente ter o potencial de diminuir a violência e criminalidade, importadas do México, bem como tem o potencial de aumentar as oportunidades de emprego, ainda que estes sejam de mais baixa qualificação, mas para quem está tendo dificuldades de "fazer o orçamento mensal fechar o mês" qualquer oportunidade a mais vale a pena.


A verdade é que o muro entre os EUA e o México praticamente já existe, e os gastos com o controle de imigrantes ilegais já ultrapassa a cifra de US$19 bilhões anuais.

Outro ponto que me chamou muito a atenção em todos os comícios que assisti, tanto de Trump quanto os de Hillary, era que enquanto os de Donald Trump atraíam vastas multidões de pessoas, os comícios de Hillary eram sempre gravados em lugares menores, e muitas vezes ainda assim ficavam vazios.

Pode parecer um fato sem importância, mas na verdade denota que o movimento espontâneo e popular de apoio a Trump era muito mais genuíno e verdadeiro que o apoio forçado e insosso demonstrado pelos apoiadores de Hillary. No entanto a mídia de massa continuava a atacar Trump e seus apoiadores, e a exaltar as qualidades de Hillary, mostrando-a à frente da disputa em suas pesquisas forjadas.

Fontes:



Inúmeros outros pontos poderiam ser abordados em relação à campanha de Donald Trump, tais como:


* proposta de retomada dos investimentos em infraestrutura, uma vez que para Trump os valores gastos em sucessivas guerras no Oriente Médio dariam para ter construído diversas escolas, hospitais, pontes, estradas, o que teria sido um investimento muito mais necessário e produtivo do que a mortandade de soldados e civis no Iraque, Afeganistão e Líbia;


* renegociação de tratados de comércio internacional, tais como o NAFTA, TPP - Trans Pacific Partnership. Para Trump estes acordos somente acabaram por drenar os empregos e as indústrias norte-americanas dos EUA, levando-os para outros países, portanto devem ser renegociados;


* defesa da 2.a emenda da Constituição americana, que estipula o direito ao cidadão de portar armas para auto-defesa, inclusive contra inimigos domésticos e contra ataques vindos do próprio governo. Este ponto tornava Hillary no outro espectro da questão, na medida em que ela era favorável ao controle de armas e a regulamentação rígida do porte de armas. No Brasil tivemos uma situação semelhante, e aqui o plebiscito resultou que a população não era favorável à retirada total do direito de portar armas para defesa;


* acabar com o OBAMACARE, programa de saúde instituído por Barack Obama, que tornou OBRIGATÓRIO a contratação de planos de saúde, e inclusão de diversos serviços, o que fez com que os planos de saúde tivessem um crescimento de 40% a 150%, dependendo dos estados. Trump quer revogar esta lei e implementar um novo e acessível plano de saúde;


Em conclusão acredito que Donald Trump apresentou-se, com muita competência, como aquele candidato que iria defender os interesses do povo norte-americano, tão sofrido depois de sucessivas crises econômicas e pelo achatamento de sua condição social e de renda. Trump prometeu lutar para devolver os empregos qualificados que foram perdidos através da assinatura de acordos comerciais danosos ao EUA, bem como prometeu voltar a investir em infraestrutura, e essa promessa, vindo de um homem que fez sua fortuna durante uma vida inteira construindo prédios e projetos de construção civil, ganha força e credibilidade.

Ele falou ao coração do povo norte-americano, ao declarar que ele é um homem de negócios de sucesso, e que não precisava passar por todos os ataques da mídia e os constrangimentos de uma ferrenha batalha política, mas que ele faria tudo isso com muito orgulho, coragem e força de vontade, para poder retribuir ao país o tanto de coisas boas que ele lhe deu.

Veja o vídeo legendado em português.

Espero que ele consiga realmente trazer paz e prosperidade ao povo norte-americano, e que seu governo fique marcado na história mundial como sendo um exemplo de respeito ao povo, de cuidado com os jovens e idosos, de respeito à lei e à ordem, de retirada das tropas americanas de lugares com conflitos armados, e que sua população possa se orgulhar de ter escolhido um dirigente que trabalha pensando no bem do cidadão, e não em seus próprios interesses.

Caso isso venha a ocorrer de fato, tenham certeza que o mundo inteiro passará a ser um lugar melhor para se viver, e que esse exemplo positivo de lisura e honestidade possa se espalhar para outros países também.


Boa sorte Donald Trump!


Atenciosamente,


Roberto Camargo Leite Moreira



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